"Cada qual sabe amar a seu modo; o modo pouco importa; o essencial é que saiba amar." (Machado de Assis)

quinta-feira, março 22

A mão que me segura

Eu sempre fui uma pessoa que contou muito com a sorte e que tem uma fé incondicional.

Sou aquela pessoa que acredita de verdade que se você tiver que pular, tem uma mão lá em baixo pra te segurar, então se joga de cabeça em um penhasco... e cai... e quando quase me convencem que vou me esborrachar no chão, tá lá a mão e ela me segura, e então falo "-viu, eu disse! a mão tá aqui!"

Sempre corri riscos, sempre desafiei o mundo, sempre acreditei nas minhas escolhas.

Acontece que a maturidade vai chegando, e começa a vir a sensação de que eu preciso pesar melhor o que eu faço. Ainda confio nas minhas escolhas, as coisas passam na cabeça e tudo ainda me parece extremamente simples como antes - é só eu pegar, fazer e depois dar um jeito. Sempre foi assim e eu pensei que fosse ficar mais velha e isso fosse mudar. Mas eu continuo enxergando as coisas como 'simples' em geral. Mas ultimamente as coisas não têm me parecido tão simples assim. Todo dia a vida tem me jogado na cara que nada é tão simples quanto penso ser. Volto à história do penhasco. Tentam me convencer que a mão não está lá.

As coisas que mais me angustiam são eu não conseguir realizar um sonho e a perspectiva de algo dar errado. Não, não é o tempo que me angustia - sim, sou ansiosa por natureza - nem a falta de dinheiro ou de tempo, menos ainda os demais desafios que possam aparecer no caminho, mas sim a chance de algo não acontecer, algo dar errado, a chance de "de eu dar com os burros n'água". Vale pra tudo, isso: trabalho, amigos, família, projetos, sonhos.

Não sou paciente, mas sou altamente perseverante e resistente. É meu trunfo.

Por outro lado eu sempre fui uma pessoa que sempre fez as coisas dependerem apenas de mim.
Se quero que algo aconteça, vou lá e faço.
Se quero que algo não aconteça, simplesmente vou e resolvo.
Se estou insatisfeita com trabalho, procuro outro emprego.
Se não gosto do filme, desligo o vídeo.
Se briguei com alguém e errei, explico meus motivos e peço desculpas.

Mas nem tudo tem sido assim... as coisas que me fogem ao domínio me preocupam. Justamente porque não dependem só de mim. Quando algo depende de mim, eu dou um jeito. Mas as coisas que fogem das minhas mãos, elas me preocupam bastante.

Mas volto a história do penhasco. A decisão de pular é minha, se eu não pulo não vou saber o que tem lá embaixo. Se bateu o vento, se a altura é maior do que pensei, nada disso interfere na decisão que tomei de pular. São só coisas inesperadas. E, maldição, não consigo controlar isso.

Mas ainda acredito que a mão está la.

(ps: esse post não tem a intensão de fazer sentido. sou eu tentando organizar idéias.)

2 comentários:

Andre disse...

Meu anjo... eu nao recebi seu email nao manda de novo... e marca uma hora que a gente conversa sim...

eu ando meio off de msn tb...

Beijos e obrigado por existir maninha :D

Suzi disse...

a mão está lá sim.
eu me seguro nela também e ela me segura.
fica firme!
;o)

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