Eu escrevo não para mostrar pensamentos
Mas para mostrar quem sou
Para expurgar sentimentos
Para sentir em que lua estou
Eu escrevo não para ganhar elogio ou aprovação
Mas para jogar no ar palavras
Para deixar tudo às claras
Para mostrar meu coração
Eu escrevo não para pessoas conquistar
Mas para levar idéias para além-mar
Para atrair outras almas e para aproximar
E para dividir meu pesar
Mas eu escrevo, antes de tudo,
para mais me amar.
sexta-feira, outubro 21
quinta-feira, outubro 13
Quem você seria?
Se você estivesse sozinho
Numa encruzilhada, sem placa ou mapa,
Que direção tomaria?
Se você estivesse em um deserto
No meio do nada, sem horizonte,
Como sairia de lá?
E se você estivesse à deriva
No meio do mar, sem ninguém pra olhar,
Como sobreviveria?
E se você estivesse no meu lugar,
Sem motivo nem festa, se nada resta,
Que alegria teria no olhar?
O que você faria no meu lugar
Além de querer que o tempo passe depressa?
Além de pensar que vida é essa
que abandona a gente
No meio da estrada, deserto ou floresta,
Sem farol, sem radar, sem sinal,
sem nada pra te guiar?
Quem você seria, no meu lugar?
Numa encruzilhada, sem placa ou mapa,
Que direção tomaria?
Se você estivesse em um deserto
No meio do nada, sem horizonte,
Como sairia de lá?
E se você estivesse à deriva
No meio do mar, sem ninguém pra olhar,
Como sobreviveria?
E se você estivesse no meu lugar,
Sem motivo nem festa, se nada resta,
Que alegria teria no olhar?
O que você faria no meu lugar
Além de querer que o tempo passe depressa?
Além de pensar que vida é essa
que abandona a gente
No meio da estrada, deserto ou floresta,
Sem farol, sem radar, sem sinal,
sem nada pra te guiar?
Quem você seria, no meu lugar?
segunda-feira, outubro 3
A beleza das coisas
Sábado. Depois de muitos dias de tempo encoberto e chuva no Rio de Janeiro, acordei e tinha um sol maravilhoso, do jeito que todo carioca gosta.
No caminho entre Centro e Botafogo, comecei pensando sobre a imensa preguiça e cansaço que eu sentia. Mas depois, comecei a reparar nas pessoas caminhando no aterro e me dei conta de um erro que vinha comentendo apesar de exercitar para não fazê-lo: não ver a beleza das coisas.
Até hoje me lembro de quando vi pela primeira vez o Aterro do Flamengo, a Praia de Botafogo, quando caminhei sozinha pela primeira vez em Copacabana. Eu, criança, fiquei encantada com toda a beleza que - incrível - sempre esteve tão perto de mim, que morava na zona norte da mesma cidade, mas até então nunca tinha visto ao vivo a Lagoa iluminada à noite.
Hoje, que moro e trabalho próximo a tudo isso, parei de reparar nessa beleza toda. Trabalhar vendo da janela o Pão de Açucar, tendo o Cristo Redentor do outro lado, já não me faz parar para ficar admirando.
Conviver com essa beleza toda, que sutilmente nos lembra que Deus existe, já não chamava mais atenção do que minha rotina desgastante, e eu já não admiro diariamente o que pessoas do mundo todo pagam rios de dinheiro para conhecer. Até que eu tive esse estalo.
E me dei conta que, como tudo, o ser humano se acostuma ao que é bom e acha que é pouco, ou simplesmente ignora o que é bom, para se concentrar em coisas que não o são. É assim com aquela filha que tem tudo o que os pais podem dar e acham pouco, a moça que tem um namorado perfeito mas que ainda assim está insatisfeita "achando que falta algo", aquele profissional que está fazendo o que gosta e ganhando o que é justo, mas que ainda assim está insatisfeito e quer trocar de emprego...
É dom do ser humano ignorar o belo em detrimento do feio.
É mania nossa trocar o adjetivo pelo verbo.
E, na janela do ônibus, olhei apaixonadamente a lindeza do meu Rio de Janeiro. E prometí a mim mesma não me habituar novamente a deixar de ver a beleza... nem na cidade, nem nas pessoas.
No caminho entre Centro e Botafogo, comecei pensando sobre a imensa preguiça e cansaço que eu sentia. Mas depois, comecei a reparar nas pessoas caminhando no aterro e me dei conta de um erro que vinha comentendo apesar de exercitar para não fazê-lo: não ver a beleza das coisas.
Até hoje me lembro de quando vi pela primeira vez o Aterro do Flamengo, a Praia de Botafogo, quando caminhei sozinha pela primeira vez em Copacabana. Eu, criança, fiquei encantada com toda a beleza que - incrível - sempre esteve tão perto de mim, que morava na zona norte da mesma cidade, mas até então nunca tinha visto ao vivo a Lagoa iluminada à noite.
Hoje, que moro e trabalho próximo a tudo isso, parei de reparar nessa beleza toda. Trabalhar vendo da janela o Pão de Açucar, tendo o Cristo Redentor do outro lado, já não me faz parar para ficar admirando.
Conviver com essa beleza toda, que sutilmente nos lembra que Deus existe, já não chamava mais atenção do que minha rotina desgastante, e eu já não admiro diariamente o que pessoas do mundo todo pagam rios de dinheiro para conhecer. Até que eu tive esse estalo.
E me dei conta que, como tudo, o ser humano se acostuma ao que é bom e acha que é pouco, ou simplesmente ignora o que é bom, para se concentrar em coisas que não o são. É assim com aquela filha que tem tudo o que os pais podem dar e acham pouco, a moça que tem um namorado perfeito mas que ainda assim está insatisfeita "achando que falta algo", aquele profissional que está fazendo o que gosta e ganhando o que é justo, mas que ainda assim está insatisfeito e quer trocar de emprego...
É dom do ser humano ignorar o belo em detrimento do feio.
É mania nossa trocar o adjetivo pelo verbo.
E, na janela do ônibus, olhei apaixonadamente a lindeza do meu Rio de Janeiro. E prometí a mim mesma não me habituar novamente a deixar de ver a beleza... nem na cidade, nem nas pessoas.
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