Mais uma meta de ano novo cumprida ainda em janeiro: arrumar um pet. J
Eu havia decidido que queria um bichinho desde o ano passado, mas eu e meu marido ficamos na dúvida o que seria. Chegamos a cogitar animais de furões a porquinhos-da-índia
Gosto de todos os bichos, e tenho um carinho especial por cachorros por serem justamente carentes e carinhosos. Mas o que ‘pegava’ para termos um cachorro é que tanto eu quanto meu marido temos dias de ficar muito tempo fora de casa, e o cão se ressente de ficar tanto tempo sozinho. Meio que inviabilizava. Mas ainda assim procurei para adoção (sim, adoção porque sou terminantemente contra comprar um animal tendo tantos focinhos abandonados por aí) algumas raças de cachorro que não fossem tão dependentes ou tão carentes. Que ficassem bem por um tempo, até que chegássemos.
Com muita pesquisa e sem pressa de tomar uma decisão que duraria 15 anos, comecei a ver como temos animais abandonados por ai. Muitos cães mas, especialmente, muitos gatos. E começamos a pensar em considerar um gatinho para casa.
Foi quando me deparei com a história de uma gatinha linda, toda pretinha com uma “gravatinha” branca, com mais ou menos um ano e três meses de idade, dos quais seis meses foram na rua, outros seis foram numa gaiola trancada e os demais meses dessa curta vidinha foram em um quarto mínimo, onde ela só podia sair de lá para socializar duas horas por dia. Nesse meio tempo chegou a ser adotada, mas devolveram depois de dois dias, porque ela tentou morder a criança que tentou abraça-la.
E essa é a história da Naomi... eu, que tenho adoração por gatos pretos, fiquei encantada com ela apesar dos alertas de que ela estava um pouco traumatizada com toda essa experiência ruim.
Daí você imagina: um gato preto, já adulto, arredio, não muito sociável e não muito simpática... quem iria querer adotar?
EU!
Sim, eu. Eu peguei a gata que ninguém queria e que já estava praticamente “encalhada”. Se eu não pegasse, possivelmente ninguém pegaria e ela ficaria cada vez mais arredia, talvez voltasse pra jaula em um gatil qualquer. E aquela vidinha inteira seria desperdiçada com sofrimento e tristeza.
Duas vezes fui no lar temporário onde ela estava para visita-la e ela se acostumar comigo, nesse meio tempo mandei colocar tela de proteção no apartamento inteiro, e na terceira a carreguei pra casa. Ela chegou e ficou encantada com o tamanho da casa, e passou uns três dias fazendo vistorias constantes no ambiente. Muito agitada. Mas dócil.
Hoje, eu chego em casa e ela dá um rosnadinho de “poxa, você ficou o dia todo fora, agora me dá carinho!”... depois come, brinca pra caramba, come mais, bebe água da torneira, se aninha no meu colo e dorme. Se eu mudo de cômodo, ela vai atrás. Se eu sento na mesa do computador, ela sobe no meu colo e começa a fazer um “circuito” em volta do pc. Se eu vou deitar, ela vai deitar e fica no meus pés. Se eu acordo, ela levanta. Se espreguiça toda, afia as unhas no cantinho sofá (eu não ligo) e vai brincar mais. Com seu um ano e meio muito mal aproveitado, ela ainda é um filhotão!
E dizem que gato preto dá azar...
E dizem que gato adulto não se apega ao dono...
E dizem que gato não é carinhoso...
E dizem que gato passa doenças...
Azar foi o da outra dona, que perdeu uma fofurinha!
Naomi teve o primeiro ano de sua vida muito traumático. Mas terá outros 14 anos muito felizes. :) Bebê da mamãe! ^^