Conversando com uma pessoa querida sobre coisas da vida, falávamos sobre como a vida às vezes nos coloca em caminhos diferentes do que desejamos inicialmente.
Acontece com muita gente: a pessoa cresce achando que tem vocação para uma determinada profissão ou área de trabalho. Chega a uma certa altura da vida, coisas acontecem e você segue outro caminho. Ou então, você está em uma área e não está satisfeito com ela. Talvez seu desempenho não seja tão bom, ou talvez você não se sinta fazendo a diferença no dia a dia.
Podem existir mil motivos. Mil culpas. Mas acontece. A vida adulta às vezes nos distancia dos nossos sonhos juvenis.
Aí entra um fator que muitas vezes faz a diferença. Acontece de você ter uma vocação. Mas você ter talento também para outras coisas. Daí você é tão bom no que faz que você acaba deixando aquela vocação inicial de lado. E reprograma toda sua rota para seguir conforme seu talento original. E sabe que às vezes dá certo?
As pessoas têm normalmente uma tendência a limitar seu campo de visão a apenas o que julgam ser sua vocação. E ignoram todas as outras escolhas que poderiam ter se simplesmente observassem no que a pessoa é boa de fazer.
Não sou psicóloga, mas a vida me ensinou em sua escola que "vocação" no conceito popular que se tem não necessariamente caminha lado a lado do seu talento. O talento abre muito mais o leque, porque um mesmo talento pode ser utilizado em muitas áreas e te levar para mares nunca antes navegados.
Abrir o campo de visão. Escutar sua voz interior. As vezes ela está gritando que seu caminho é outro. A gente é quem não tem ouvidos pra escutar.
Ponto Pessoal
Um ponto de vista, rotina, acontecimentos. Uma visão minha do dia-a-dia.
sábado, setembro 26
quinta-feira, julho 16
A Forca
A arrogância e a soberba são como a corda que você tece com todo capricho para fazer sua própria forca.
domingo, agosto 10
Ter um pai
Hoje é dia dos Pais aqui no Brasil (parabéns papais!!!)
Meu pai se foi há quase 7 anos, e as pessoas ficam meio tensas de falar sobre isso perto de mim. Inclua-se nessa lista meu marido e minha familia.
Meu marido me disse, depois de eu insistir muito, no que ele estava pensando: "tanta gente que tem seus 60 anos e ainda tem a felicidade de ter um pai... e seu pai foi embora com 53 anos apenas, tão novo..."
Eu sou kardecista, e digo para ele que acredito de verdade que, como um planeta de provas e expiações em que estamos, estamos aqui para pagar dívidas antigas. E que, apesar da saudade imensa, da vontade de ganhar um colo, um afago, de ter uma mão pra me guiar... eu fico feliz simplesmente pelo fato de ele ter terminado de acertar suas contas cedo e ter ido embora.
Porque ter um pai do lado é saber onde está pisando... é ter uma mão estendida, uma palavra de apoio, outra de alerta, saber que você não está sozinho. Saber que quando tudo parece desconecto e a vida cansativa demais, você ganhará um abraço de alguém que te dirá "calma, já passei por isso, vai dar tudo certo no final".
Ter um pai com você é saber que existe alguém mais experiente e perspicaz te analisando e redirecionando quando tudo mais dá errado. Saber que se você começar a se desviar do caminho, ele te chama a atenção, se perder o foco ele te puxa de volta, se você está de TPM ele te faz um brigadeiro.
Ter um pai é um presente de Deus. Ter um pai é ter a alma aquecida, um café quente, um cafuné certeiro, um ombro amigo.
Eu tive a sorte de ter em meu falecido pai meu melhor amigo. Ele era meu mestre, meu confidente, meu pilar, minha fortaleza, meu exemplo. Uma pessoa muito próxima disse, na época, que minha alma é a xerox da alma dele. Nem precisávamos falar, apenas por olhar a gente se comunicava.
Tenho certeza que encontrarei meu velho por outras vidas, por ai. Porque certamente nossa amizade e carinho não foi iniciado nessa vida, é coisa muito antiga e sólida.
Por hoje, encontrarei minha familia e curtirei meu avô, de 86 anos, e que ainda está ai firme e forte, com uma lucidez invejável e opiniões fortes. :)
Feliz dia dos pais a todos!
Meu pai se foi há quase 7 anos, e as pessoas ficam meio tensas de falar sobre isso perto de mim. Inclua-se nessa lista meu marido e minha familia.
Meu marido me disse, depois de eu insistir muito, no que ele estava pensando: "tanta gente que tem seus 60 anos e ainda tem a felicidade de ter um pai... e seu pai foi embora com 53 anos apenas, tão novo..."
Eu sou kardecista, e digo para ele que acredito de verdade que, como um planeta de provas e expiações em que estamos, estamos aqui para pagar dívidas antigas. E que, apesar da saudade imensa, da vontade de ganhar um colo, um afago, de ter uma mão pra me guiar... eu fico feliz simplesmente pelo fato de ele ter terminado de acertar suas contas cedo e ter ido embora.
Meu velho no seu habitat <3 td="">3> |
Porque ter um pai do lado é saber onde está pisando... é ter uma mão estendida, uma palavra de apoio, outra de alerta, saber que você não está sozinho. Saber que quando tudo parece desconecto e a vida cansativa demais, você ganhará um abraço de alguém que te dirá "calma, já passei por isso, vai dar tudo certo no final".
Ter um pai com você é saber que existe alguém mais experiente e perspicaz te analisando e redirecionando quando tudo mais dá errado. Saber que se você começar a se desviar do caminho, ele te chama a atenção, se perder o foco ele te puxa de volta, se você está de TPM ele te faz um brigadeiro.
Ter um pai é um presente de Deus. Ter um pai é ter a alma aquecida, um café quente, um cafuné certeiro, um ombro amigo.
Eu tive a sorte de ter em meu falecido pai meu melhor amigo. Ele era meu mestre, meu confidente, meu pilar, minha fortaleza, meu exemplo. Uma pessoa muito próxima disse, na época, que minha alma é a xerox da alma dele. Nem precisávamos falar, apenas por olhar a gente se comunicava.
Tenho certeza que encontrarei meu velho por outras vidas, por ai. Porque certamente nossa amizade e carinho não foi iniciado nessa vida, é coisa muito antiga e sólida.
Por hoje, encontrarei minha familia e curtirei meu avô, de 86 anos, e que ainda está ai firme e forte, com uma lucidez invejável e opiniões fortes. :)
Feliz dia dos pais a todos!
domingo, julho 13
terça-feira, julho 8
O mundo pelo avesso
Às vezes sinto como se a vida toda estivesse pelo avesso.
Coisas que sempre acreditei deixaram de ser importantes, qualidades admiradas foram esquecidas, intimidade foi trocada por internet, amor foi trocado por individualismo, compaixão foi trocada por comodismo.
Casamento antigamente era bom enquanto durasse, agora só dura enquanto é bom. Cavalheirismo agora é brega, educação agora é coisa de otário. O bonito é ser errado. Amizades são substituídas por um teclado e um smartphone, numa forma impessoal de conhecer muitas pessoas, mas nenhuma profundamente.
Crianças são educadas não para serem boas, mas para serem melhores que fulaninho. O referencial deixou de ser a auto-superação e passou a ser a sobreposição de outra pessoa. As escolas fazem provas toda semana, num stress constante e que não deixa de ser uma prévia do que vem pela frente... Empresas promovem quem faz o powerpoint melhor, não quem trabalha melhor e contratam quem fez a faculdade com mais nome ao invés de quem tem mais experiência.
O mundo se acostumou com o menos, com o pior, com o errado. E o sentimento de que ninguém está fazendo nada para mudar isso por vezes assola a alma. Parece que ninguém está vendo isso, ninguém tá vendo o que está acontecendo e onde isso vai parar.
"Everybody is changing and I don't feel the same..." O mundo todo está mudando, mas eu não mudei. Eu continuo sendo a mesma, porque sempre fui integralmente eu mesma. Sempre fui o mais honesta comigo mesma.
Mas até isso, hoje em dia, está fora de moda...
Coisas que sempre acreditei deixaram de ser importantes, qualidades admiradas foram esquecidas, intimidade foi trocada por internet, amor foi trocado por individualismo, compaixão foi trocada por comodismo.
Casamento antigamente era bom enquanto durasse, agora só dura enquanto é bom. Cavalheirismo agora é brega, educação agora é coisa de otário. O bonito é ser errado. Amizades são substituídas por um teclado e um smartphone, numa forma impessoal de conhecer muitas pessoas, mas nenhuma profundamente.
Crianças são educadas não para serem boas, mas para serem melhores que fulaninho. O referencial deixou de ser a auto-superação e passou a ser a sobreposição de outra pessoa. As escolas fazem provas toda semana, num stress constante e que não deixa de ser uma prévia do que vem pela frente... Empresas promovem quem faz o powerpoint melhor, não quem trabalha melhor e contratam quem fez a faculdade com mais nome ao invés de quem tem mais experiência.
O mundo se acostumou com o menos, com o pior, com o errado. E o sentimento de que ninguém está fazendo nada para mudar isso por vezes assola a alma. Parece que ninguém está vendo isso, ninguém tá vendo o que está acontecendo e onde isso vai parar.
"Everybody is changing and I don't feel the same..." O mundo todo está mudando, mas eu não mudei. Eu continuo sendo a mesma, porque sempre fui integralmente eu mesma. Sempre fui o mais honesta comigo mesma.
Mas até isso, hoje em dia, está fora de moda...
domingo, julho 6
Menos cinema, mais pessoalidade
Esse ano decidí mudar muitos hábitos que tinha. Um desses hábitos a questão de ir ao cinema. Não, não enlouquecí. Vou explicar.
Aqui no Rio de Janeiro uma ida em casal ao cinema não sai por menos de 100 reais - isso sem contar combustível e jantar. Daí você sai da sua casa, vai ao cinema, assiste um filme durante duas horas e depois vai jantar ou vai para casa. Se ficar no combo-mais-ou-menos de cinema + pipoca + mc donalds, essa conta sai por 150 reais. E você assistiu um filme, comeu pipoca, um lanche mais ou menos e cada um foi para sua casa.
Então eu decidí repriorizar as coisas. Decidi passar mais tempo com meus amigos e de forma efetivamente mais produtiva, e usando meu dinheiro de forma mais bacana: resolvi trocar idas ao cinema por receber meus amigos em casa.
Isso pode parecer meio básico para muita gente, mas aqui no Rio por exemplo muita gente não tem mais esse hábito. Marcamos em qualquer lugar e sempre de passagem. A gente encontra com amigos em shopping, em restaurantes, em barzinhos, mas não em casa. Sempre no caminho de algum outor lugra - no caminho de casa, no caminho do trabalho, no caminho de alguma outra coisa que nada tem a ver com aquele momento propriamente dito.
Perdemos o hábito de receber as pessoas queridas no nosso lar. Perdemos a intimidade e gastamos nosso dinheiro com impessoalidade.
Hoje prefiro, ao invés de gastar 150 reais por um cinema e um lanche mais ou menos em algum lugar por gastar pouco mais da metade disso e receber muito bem amigos em casa, assistir dois ou três filmes com conforto, tomarmos umas cervejas ou um vinho, comermos uns aperitivos... ai um se cansa, vai no quarto e tira um cochilo... depois volta, e continuamos a sessão.
Ao invés de passarmos três horas super impessoais, passamos cinco ou seis horas super pessoais, conversando, assistindo futebol ou filmes, rindo e participando do íntimo das pessoas queridas.
Assim, maximizamos os bons momentos, a alegria, a intimidade, a felicidade e também nosso dinheiro rs...
Assim, maximizamos os bons momentos, a alegria, a intimidade, a felicidade e também nosso dinheiro rs...
Acho que faço uma boa troca. rs...
sábado, junho 28
Vamos fazer caridade hoje?
Já diria Allan Kardec, fora da caridade não há salvação. Então, vamos fazer um ato de caridade hoje?
A protetora que resgatou a Naomi (minha gata) das ruas, cuidou dela, vacinou, castrou e me doou precisa de ajuda para continuar ajudando outros animais.
Ela não tem ONG, faz um trabalho muito sério mas independente, e precisa de ajuda para continuar seu trabalho.
*** Por favor, ajudem com qualquer quantia *** Que seja dez reais já ajuda e não vai fazer falta pra ninguém!
Com certeza fará muita diferença para várias vidinhas que precisam de ajuda. Se não puderem doar, por favor compartilhem no seu blog, facebook ou twitter. É uma pessoa íntegra e de minha inteira confiança.
Obrigada a todos!!!
terça-feira, junho 24
A polêmica do parto humanizado versus cesariana
Já tem um tempo que tenho lido centenas de artigos, posts no facebook, blogs e comentários sobre as vantagens maravilhosas de se ter um parto humanizado versus uma cesariana.
Eu não tenho opinião formada sobre um ou outro, tecnicamente falando. Penso que a cesária é um recurso tecnológico. Mas se a mãe decidir usar este recurso desde o início, é opção dela. Usando um exemplo extremo, mas que serve, tem gente que prefere pagar contas no banco, tem gente que usa a internet. Não tem certo ou errado nisso.
Eu não tenho opinião formada sobre um ou outro, tecnicamente falando. Penso que a cesária é um recurso tecnológico. Mas se a mãe decidir usar este recurso desde o início, é opção dela. Usando um exemplo extremo, mas que serve, tem gente que prefere pagar contas no banco, tem gente que usa a internet. Não tem certo ou errado nisso.
A única coisa que certamente formei opinião sobre isso até agora é: essa polêmica de "parto humanizado" x cesária virou mais uma forma de manifestar a arrogância, prepotência e o egoísmo de uma sociedade doentia e intolerante.
Não sou a favor nem contra quem escolhe um ou outro. Simplesmente não me importa, cada um faz o que quiser da própria vida. Da *própria vida*, ressalte-se.
Só penso no seguinte: de que adianta tanta fazer "parto humanizado" e depois transformar a vida da criança em um inferno, ou ser parte de uma familia totalmente desestruturada emocionalmente, ou não se importar com os sentimentos da criança?
Mãe é quem dá amor, educação e valores. O resto é mero detalhe de percurso.
Como vem ao mundo, se a roupinha era azul ou verde, se nasceu em casa, na Perinatal ou no SUS, isso é o que menos importa no "big picture".
Please, mais amor e menos intolerância!
domingo, junho 22
Esquecer o passado e seguir em frente
Um princípio básico da vida é: para você poder andar para frente, precisa esquecer do que ficou para trás. Desapegar de um passado que não vai te ajudar.
Desapegar do passado envolve esquecer momentos ruins e também alguns dos bons.
Eu gosto muito de usar como exemplo que a vida é uma estrada, nós somos os caminhantes que carregamos uma mochila chamada Memória, e que encontramos pelo caminho algumas pedras e flores.
Algumas destas flores são lindas e nos fortalecem quando pensamos em desistir. Outras são lindas mas também são tóxicas, nos entorpecem e nos prendem às margens da estrada ou à paisagem de onde ela foi retirada. E ainda existem as pedras - que não são lindas, que são pesadas, que não tem nenhuma utilidade mas que alguns de nós ainda insistem em carregar.
Nossa escolha é sempre o que vamos carregar na nossa mochila. E parece muito óbvio, mas na prática não é.
Muitas pessoas carregam uma mochila cheia de pedras - a amargura de ter falhado certos momentos, as mágoas por pessoas que nos feriram, os medos de que certos problemas aconteçam novamente - e assim passam a vida toda assombradas por memórias tristes. E ai, caminhando pela estrada, vêem uma flor mas pensam "não tenho tempo para vê-la, não tenho espaço na minha mochila para carregá-la".
A mochila fica pesada, nos puxa para baixo e atrasa nossa caminhada. E não conseguimos chegar onde queremos por cansaço.
Outras pessoas, carregam pedras mas também algumas flores... mas escolheram as flores erradas para carregar, carregaram apenas as flores entorpecentes. E quando o cansaço bate, páram para admirar as flores e se entorpecem pelas lembranças do que já passou, pelos momentos que viveu até alí. E ai, totalmente entorpecidas, fica muito mais difícil abandonar essas lembranças, levantar e continuar a caminhar.
Já ouvi uma vez que temos "direito de relembrar do passado". Concordo, desde que ela não atrase a caminhada.
Outras pessoas tropeçam nas pedras, passam pelas flores tóxicas sem se iludir com elas, e continua sua caminhada. Pegam apenas as flores sadias, as que fazem bem... as flores lindas porém que apenas nos fortalecem com esperança no futuro, não memórias do passado. O foco é a caminhada, é continuar a caminhar e chegar no seu objetivo. Sem se distrair, e maximizando ao máximo a caminhada, para ser sobretudo leve.
São poucas. Infelizmente. Muito poucas.
Em alguns momentos da nossa vida, é preciso abrir a mochila e largar um pouco dessas pedras por ai. Ou substituir todas as pedras por flores. Ou simplesmente virar a mochila inteira de cabeça para baixo e deixar sair tudo. Só assim poderemos continuar nossa caminhada da vida sem o peso do passado. E não temos que esperar uma doença terminal para fazer isso.
Para caminhar firme, para andar rápido, precisamos deixar as memórias ruins no chão e seguir. É preciso também deixar as flores tóxicas, que tomam nosso tempo e não ajuda na caminhada. Sem permitir que essas memórias nos aprisionem num tempo que nunca mais voltará.
Simples assim: olhar para frente e poder chegar tão rápido quanto queira. Olhar para o futuro sem o peso, sem os medos, sem as mágoas do passado, sem os vícios, sem as lembranças que não vão nos ajudar a caminhar.
Esquecer o passado e seguir em frente. Da forma mais leve possível. Essa é a lição
Desapegar do passado envolve esquecer momentos ruins e também alguns dos bons.
Eu gosto muito de usar como exemplo que a vida é uma estrada, nós somos os caminhantes que carregamos uma mochila chamada Memória, e que encontramos pelo caminho algumas pedras e flores.
Algumas destas flores são lindas e nos fortalecem quando pensamos em desistir. Outras são lindas mas também são tóxicas, nos entorpecem e nos prendem às margens da estrada ou à paisagem de onde ela foi retirada. E ainda existem as pedras - que não são lindas, que são pesadas, que não tem nenhuma utilidade mas que alguns de nós ainda insistem em carregar.
Nossa escolha é sempre o que vamos carregar na nossa mochila. E parece muito óbvio, mas na prática não é.
Muitas pessoas carregam uma mochila cheia de pedras - a amargura de ter falhado certos momentos, as mágoas por pessoas que nos feriram, os medos de que certos problemas aconteçam novamente - e assim passam a vida toda assombradas por memórias tristes. E ai, caminhando pela estrada, vêem uma flor mas pensam "não tenho tempo para vê-la, não tenho espaço na minha mochila para carregá-la".
A mochila fica pesada, nos puxa para baixo e atrasa nossa caminhada. E não conseguimos chegar onde queremos por cansaço.
Outras pessoas, carregam pedras mas também algumas flores... mas escolheram as flores erradas para carregar, carregaram apenas as flores entorpecentes. E quando o cansaço bate, páram para admirar as flores e se entorpecem pelas lembranças do que já passou, pelos momentos que viveu até alí. E ai, totalmente entorpecidas, fica muito mais difícil abandonar essas lembranças, levantar e continuar a caminhar.
Já ouvi uma vez que temos "direito de relembrar do passado". Concordo, desde que ela não atrase a caminhada.
Outras pessoas tropeçam nas pedras, passam pelas flores tóxicas sem se iludir com elas, e continua sua caminhada. Pegam apenas as flores sadias, as que fazem bem... as flores lindas porém que apenas nos fortalecem com esperança no futuro, não memórias do passado. O foco é a caminhada, é continuar a caminhar e chegar no seu objetivo. Sem se distrair, e maximizando ao máximo a caminhada, para ser sobretudo leve.
São poucas. Infelizmente. Muito poucas.
Em alguns momentos da nossa vida, é preciso abrir a mochila e largar um pouco dessas pedras por ai. Ou substituir todas as pedras por flores. Ou simplesmente virar a mochila inteira de cabeça para baixo e deixar sair tudo. Só assim poderemos continuar nossa caminhada da vida sem o peso do passado. E não temos que esperar uma doença terminal para fazer isso.
Para caminhar firme, para andar rápido, precisamos deixar as memórias ruins no chão e seguir. É preciso também deixar as flores tóxicas, que tomam nosso tempo e não ajuda na caminhada. Sem permitir que essas memórias nos aprisionem num tempo que nunca mais voltará.
Simples assim: olhar para frente e poder chegar tão rápido quanto queira. Olhar para o futuro sem o peso, sem os medos, sem as mágoas do passado, sem os vícios, sem as lembranças que não vão nos ajudar a caminhar.
Esquecer o passado e seguir em frente. Da forma mais leve possível. Essa é a lição
sexta-feira, junho 20
Eu, como eu sou
Relendo meu blog - coisa que faço com certa regularidade -, lí uma postagem minha de outubro de 2006 (mês em que fiz uma revolução na minha vida) e achei uma das melhores definições que fiz de mim mesma:
"Sou Nina, Joana, e Ana
Sou muitas e sou uma só
Eu sou outono, inverno e verão,
Sou tranqüilidade e sou agitação
Vou sempre depressa e sempre devagar
Sigo a estrada, a trilha, a contramão
Peço licença, e atropelo também
Durmo, acordo, depois digo amém
Sou Nina, Clara, e Vitória
Sou Isabel, Maria e mais alguém
Sou mutante, sincera, estranha criação
De um Deus que quer que se viva bem
Sou do mundo e sou de ninguém
Tanto girei que fiquei fixa no chão
Tanto chorei que rio virei
E tanto sorrí que virei sol de verão"
"Sou Nina, Joana, e Ana
Sou muitas e sou uma só
Eu sou outono, inverno e verão,
Sou tranqüilidade e sou agitação
Vou sempre depressa e sempre devagar
Sigo a estrada, a trilha, a contramão
Peço licença, e atropelo também
Durmo, acordo, depois digo amém
Sou Nina, Clara, e Vitória
Sou Isabel, Maria e mais alguém
Sou mutante, sincera, estranha criação
De um Deus que quer que se viva bem
Sou do mundo e sou de ninguém
Tanto girei que fiquei fixa no chão
Tanto chorei que rio virei
E tanto sorrí que virei sol de verão"
quinta-feira, junho 19
Velha precoce?
Eu tenho alguns hobbies que podem ser considerados antigos - além, obviamente, da leitura pois tenho bem mais livros em casa que dinheiro no banco rs... Mas o fato é que muita gente me entitula como velha precoce. Posso até ser um espírito antigo, talvez eu seja mesmo.
Mas a grande verdade é que pouca gente dá valor às coisas antigas, seja por preconceito ou por desconhecimento mesmo. Poucas vezes são por ter tentado e não gostar (eu tentei aprender a tocar piano e vi que não era pra mim, mas isso é para outro post rs...). Mas o fato é que prazeres antigos atualmente são trocados por passatempos modernos e todo mundo que foge a isso é meio que observado com espanto.
Trocamos velhos hábitos por novos vícios.
Vivemos em um tempo onde antigos hobbies são classificados como démodés. Moderno é passar o dia todo no facebook postando o que pensa para pessoas curtirem automaticamente sem nem lerem direito o que se escreveu. Ou tirando foto de tudo o que fazemos e comemos para colocar no Instagram e ganhar alguns corações. Ou colocando fotos de frases curtas e sair compartilhando por ai.
Nada contra você fazer isso, eu mesma faço. O erro é SÓ fazer isso. O erro está em deixar de admirar uma paisagem ou aproveitar um momento qualquer para ficar registrando ele para os outros, não para você.
Quando eu deixo o facebook para mexer nas minhas plantas e usar a internet para ler sobre jardinagem, eu me reconecto com a natureza - eu que quase não tenho contato com ela (ou tenho muito menos do que gostaria) dada minha rotina de "cidade grande" esotericamente agitada.
Quando eu troco ficar zapeando na TV a cabo ou assistir pela milésima vez o mesmo filme por fazer um pouco de crochê, eu estou realmente me desconectando da minha rotina puxada e a mente dos problemas... estou praticamente em estado de meditação, me contentrando apenas em cada ponto que dou e nada mais.
Quando vou cozinhar e experimentar novos temperos, novos contrastes e novos sabores, estou manifestando a maior forma de declaração de amor para mim e minha familia: nutrindo não apenas meus pratos como também meu espírito. Faço comidas incríveis e confesso que não sigo nenhuma receita, não sei nada de cabeça.
Pequenos prazeres... formas esquecidas de aproveitar seus pequenos momentos, numa vida tão curta e desajeitada. E será que sou eu a velha? ;)
Mas a grande verdade é que pouca gente dá valor às coisas antigas, seja por preconceito ou por desconhecimento mesmo. Poucas vezes são por ter tentado e não gostar (eu tentei aprender a tocar piano e vi que não era pra mim, mas isso é para outro post rs...). Mas o fato é que prazeres antigos atualmente são trocados por passatempos modernos e todo mundo que foge a isso é meio que observado com espanto.
Trocamos velhos hábitos por novos vícios.
Vivemos em um tempo onde antigos hobbies são classificados como démodés. Moderno é passar o dia todo no facebook postando o que pensa para pessoas curtirem automaticamente sem nem lerem direito o que se escreveu. Ou tirando foto de tudo o que fazemos e comemos para colocar no Instagram e ganhar alguns corações. Ou colocando fotos de frases curtas e sair compartilhando por ai.
Nada contra você fazer isso, eu mesma faço. O erro é SÓ fazer isso. O erro está em deixar de admirar uma paisagem ou aproveitar um momento qualquer para ficar registrando ele para os outros, não para você.
Quando eu deixo o facebook para mexer nas minhas plantas e usar a internet para ler sobre jardinagem, eu me reconecto com a natureza - eu que quase não tenho contato com ela (ou tenho muito menos do que gostaria) dada minha rotina de "cidade grande" esotericamente agitada.
Quando eu troco ficar zapeando na TV a cabo ou assistir pela milésima vez o mesmo filme por fazer um pouco de crochê, eu estou realmente me desconectando da minha rotina puxada e a mente dos problemas... estou praticamente em estado de meditação, me contentrando apenas em cada ponto que dou e nada mais.
Quando vou cozinhar e experimentar novos temperos, novos contrastes e novos sabores, estou manifestando a maior forma de declaração de amor para mim e minha familia: nutrindo não apenas meus pratos como também meu espírito. Faço comidas incríveis e confesso que não sigo nenhuma receita, não sei nada de cabeça.
Pequenos prazeres... formas esquecidas de aproveitar seus pequenos momentos, numa vida tão curta e desajeitada. E será que sou eu a velha? ;)
domingo, junho 15
Exercitando a gratidão
Pampa gaúcho, Rio Grande do Sul - RS |
Finalmente tudo o que plantamos com muito suor tem começado a dar seus frutos. 2014 está sendo um ano especial.
Vivemos em um mundo em que não exercitamos a gratidão... apenas explicitamos nossos desagrados, nossos desencontros, nossos despalpérios. Então precisamos realmente dar valor, o valor de fato merecido, às coisas boas que nos acontecem na vida.
Por enquanto, só a agradecer por tantas coisas boas. Por estarmos mais próximos dos nossos amigos queridos, vivendo bons momentos onde a simplicidade e a felicidade caminham juntos, passando por lindos lugares, conhecendo mais pessoas especiais e com tudo acontecendo como deve acontecer. :)
Feliz restante de 2014 para todos nós!
quarta-feira, março 5
Viver para realizar
Não importa o que aconteça, não importa como nos sentimos... a vida segue adiante, o tempo não pára, e temos que continuar com nossos planos.
As coisas acontecem mesmo quando não estamos preparados. A vida não espera você estar pronto para seguir adiante, assim como o tempo não pede permissão para passar. Ninguém quer saber como você se sente, do que você precisou abrir mão, de como foi doído engolir seco, ou deixar passar algo que te machucou.
A vida segue. E o tempo passa. E podemos nunca estarmos prontos de fato para seguir adiante.
E a vida seguiu, e o tempo passou, e muitas vezes não realizamos nada. Seguimos com uma vida vazia de sentidos, no piloto automático, com a mente cheia de arrependimentos e tristezas, de frases não ditas, de viagens não feitas, de alegrias não curtidas.
Viver para realizar nossos sonhos. Essa devia ser a meta de todos nós.
E não é pra deixar para começar quando ficarmos velhos, para quando tivermos mais dinheiro, mais tempo, mais saúde, quando os filhos crescerem, quando tiverem saído de casa ou quando você se aposentar. É agora. É já!
A vida exige posicionamento, exige atenção, exige ação. Nem que seja apenas traçar a meta, fazer o plano, determinar um cronograma, um fluxograma, um fluxo de caixa para realizarmos nossos sonhos. Usamos tanto essas ferramentas no trabalho, porque não usá-las na nossa vida pessoal para ajudar a alcançar nossos objetivos, ao invés de só contar com a sorte?
Como diria o gato de Cheshire para Alice, se você não sabe para onde ir, qualquer caminho serve.
Quem de nós não tem um sonho de infância e foi postergando pra quando fosse um momento mais apropriado? O problema é que o momento nunca vai chegar se não nos arriscarmos, se não começarmos a fazer o ambiente que precisamos para colocá-los em prática.
Até quando vamos fazer promessas vazias de reveillón, deixar a "vida nos levar" e viver à margem dos nossos sonhos mais íntimos? Até quando vamos permitir que as coisas aconteçam aleatoriamente? Até quando vamos conseguir viver ignorando nossos sonhos?
Ação. É a única coisa que nos leva onde de fato queremos ir.
As coisas acontecem mesmo quando não estamos preparados. A vida não espera você estar pronto para seguir adiante, assim como o tempo não pede permissão para passar. Ninguém quer saber como você se sente, do que você precisou abrir mão, de como foi doído engolir seco, ou deixar passar algo que te machucou.
A vida segue. E o tempo passa. E podemos nunca estarmos prontos de fato para seguir adiante.
E a vida seguiu, e o tempo passou, e muitas vezes não realizamos nada. Seguimos com uma vida vazia de sentidos, no piloto automático, com a mente cheia de arrependimentos e tristezas, de frases não ditas, de viagens não feitas, de alegrias não curtidas.
Viver para realizar nossos sonhos. Essa devia ser a meta de todos nós.
E não é pra deixar para começar quando ficarmos velhos, para quando tivermos mais dinheiro, mais tempo, mais saúde, quando os filhos crescerem, quando tiverem saído de casa ou quando você se aposentar. É agora. É já!
A vida exige posicionamento, exige atenção, exige ação. Nem que seja apenas traçar a meta, fazer o plano, determinar um cronograma, um fluxograma, um fluxo de caixa para realizarmos nossos sonhos. Usamos tanto essas ferramentas no trabalho, porque não usá-las na nossa vida pessoal para ajudar a alcançar nossos objetivos, ao invés de só contar com a sorte?
Como diria o gato de Cheshire para Alice, se você não sabe para onde ir, qualquer caminho serve.
Quem de nós não tem um sonho de infância e foi postergando pra quando fosse um momento mais apropriado? O problema é que o momento nunca vai chegar se não nos arriscarmos, se não começarmos a fazer o ambiente que precisamos para colocá-los em prática.
Até quando vamos fazer promessas vazias de reveillón, deixar a "vida nos levar" e viver à margem dos nossos sonhos mais íntimos? Até quando vamos permitir que as coisas aconteçam aleatoriamente? Até quando vamos conseguir viver ignorando nossos sonhos?
Ação. É a única coisa que nos leva onde de fato queremos ir.
segunda-feira, dezembro 30
Esse ano voou. 2013 foi um ano tumultuado, sofrido, complicado pra caramba. Mas não senti o tempo pasar - o que por um lado é bom porque sinto que acabou rápido, mas por outro lado é ruim pois o tempo passou e sinto que não o aproveitei como deveria.
Mas uma coisa mudou em mim este ano, e uma coisa muito importante: antigamente os problemas vinham e me reviravam pelo avesso. Me afetavam profundamente. Me deixava profundamente afetada, sentida, chateada.
Esse ano, eu aprendi a superficializar seus efeitos. Coisas muito ruins aconteceram e me deixaram triste, mas agora sou como um oceano em que os acontecimentos geram ondas apenas na superfície. No meu íntimo, no fundo da minha alma, tudo continua calmo. Um furacão passou na superfície, mas no fundo do oceano eu continuei serena e estável. O ruim é ter que aprender certas coisas com a dor. Mas lição aprendida.
Que 2014 seja um ano de calmaria e descanso, de paz, água de coco gelada e sol ameno para todos nós!
Mas uma coisa mudou em mim este ano, e uma coisa muito importante: antigamente os problemas vinham e me reviravam pelo avesso. Me afetavam profundamente. Me deixava profundamente afetada, sentida, chateada.
Esse ano, eu aprendi a superficializar seus efeitos. Coisas muito ruins aconteceram e me deixaram triste, mas agora sou como um oceano em que os acontecimentos geram ondas apenas na superfície. No meu íntimo, no fundo da minha alma, tudo continua calmo. Um furacão passou na superfície, mas no fundo do oceano eu continuei serena e estável. O ruim é ter que aprender certas coisas com a dor. Mas lição aprendida.
Que 2014 seja um ano de calmaria e descanso, de paz, água de coco gelada e sol ameno para todos nós!
domingo, julho 28
Ser autêntico
Independente das suas escolhas, independente do que você gosta, o importante é ser autêntico.
Não há nada mais triste do que alguém que muda sua personalidade ou seus gostos para se encaixar em algum lugar de uma sociedade que está doente.
Para se sentir parte de alguma coisa ou de algum grupo, se transformam ou tentam mudar sua essência, entrando em um círculo de infelicidade e frustração.
Seja você mesmo. Independente de quem você é. Independente de você olhar para os lados e não ver ninguém.
As melhores coisas da vida e as melhores pessoas são únicas.
Não há nada mais triste do que alguém que muda sua personalidade ou seus gostos para se encaixar em algum lugar de uma sociedade que está doente.
Para se sentir parte de alguma coisa ou de algum grupo, se transformam ou tentam mudar sua essência, entrando em um círculo de infelicidade e frustração.
Seja você mesmo. Independente de quem você é. Independente de você olhar para os lados e não ver ninguém.
As melhores coisas da vida e as melhores pessoas são únicas.
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