Ontem eu vi uma coisa que, se Deus quiser, não vou precisar passar.
Bom, eu estou oficialmente no quinto período da faculdade... mas estou fazendo uma matéria de especialização em que a maioria das pessoas são do nono período.
Ontem estava assistindo à aula (cujo professor :* é um dos meus professores preferidos - um pesquisador do IBGE e que faz a aula dele ser bem mais interessante do que Senhora do Destino) e saiu um comentário... E o comentário foi:
- Professor, estou pra me formar logo e estou completamente perdida, não sei como realizar coisas por mim mesma. Se me pedirem uma projeção, não conseguirei sair sequer do lugar.
Pornto. Foi uma bomba. Uma estudante de economia do nono período não conseguiria realizar uma projeção. Mas o pior é que todos os demais concordaram. Estudaram o tempo inteiro por grandes manuais de economia, conhecem teorias modernas, mas jamais poderiam fazer o serviço que precisasse pensar - simplesmente porque eles concluiram matérias, mas não aprenderam nada. A faculdade ensina as matérias, porém não ensina o que só se aprende lá fora: aplicação, resultados, prática.
Meu professor :* disse que tudo isso é culpa do domínio anglo-saxão dos neoclássicos. Faculdades brasileiras hoje impõem a teoria econômica vigente, mas se esquecem do principal: sua formação, sua história, e principalmente... a contestação. E citou que a França - até por sua rivalidade histórica com os anglo-saxões - forma profissionais capazes do mais dificil... pensar.
Estou preocupada. E chocada. Preferi várias vezes repetir de propósito a passar sem saber. Não quero chegar perto de me formar sem ser uma economista de verdade.
Ah... e mudei meus planos, tá? Não quero mais doutorado em Cambridge, agora quero em Sourbonne.
2 comentários:
Nina,
Obrigado pelas palavras carinhosas. Tudo de bom pra vc.
Abraço,
Formamos maquinas capazes de solucionar problemas ja conhecidos. Esse é o principal problema do pais.
Não ha inovação. Nao ha uma boa ideia. Nao ha teorias novas, porque nos acostumamos com a ideia de que tudo q vem dos EUA e da Europa é bem melhor.
Uma pena, somos um povo criativo.
Gente como voce eh q nos da esperança :)
Beijus
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