"Cada qual sabe amar a seu modo; o modo pouco importa; o essencial é que saiba amar." (Machado de Assis)

quinta-feira, outubro 26

Borboletas

De repente, ainda agora, me lembrei do ciclo de vida das borboletas... dos ovos saem as lagartas que tem como única função crescer e absorver. Passa assim a sua primeira parte do tempo, até que chega a hora de virar uma pupa. Lá dentro, ela sofre uma profunda transformação, e é onde começa a se tornar borboleta. Mas ela precisa decidir sair. Ela decide, sai e depois de secas, abre suas multicoloridas asas e então é borboleta.

Penso que a natureza é perfeita em suas parábolas, e que somos todos borboletas de uma forma ou de outra.

Quando jovens, aprendemos a nos acostumar com o ser lagarta. Somos a lagarta que viera com o intuito de viver, de qualquer forma. Lagartas como tantas outras, pensamos. Não importa, desde que seja lagarta. Tudo o que sabemos é colher aprendizado, mas sem saber ao certo o motivo. Não sabemos ainda o que nos espera.

Então vem a crisálida, onde passamos por mudanças e provas tão profundas que parece que não terá fim. Nossa pupa é contruída por nós mesmos; criamos paredes, mecanismos de auto-defesa, tudo o que se aproxima de nós pode nos ferir. Até o fim da transformação, qualquer coisa pode machucar. Até terminar, tudo causa medo.
Então construimos nossos muros, pra tentar preservar o que ainda resta. Em algum momento, podemos pensar que aqueles muros serão eternos. Mas nunca são.

Mas a borboleta então decide sair... ela sabe que já é hora, algo a chama lá fora e ela demora a perceber o que é. E quando percebe, não sabe bem o que. Precisamos aprender a renunciar a dor e as experiências ruins - mas sem esquecê-las. É a hora de sair. Foi na crisálida que ela deixou de ser uma lagarta comum e se tornou a borboleta que é agora, assim como foi com abrasão que o diamante foi polido. E, quando já estamos cicatrizados de tudo o que aconteceu, batemos nossas asas e voamos, mostrando as suas cores e dando sequência à vida.

E, nunca mais, aquela borboleta poderá ser confundida ou comparada com qualquer uma. Porque ela será única.

6 comentários:

j. disse...

a analogia é linda, pena q eu tenha tanto medo d borboletas :~~

Suzi disse...

certa vez li uma história, que contava do menino que vendo o esforço da lagarta em sair do casulo, resolveu ajudá-la;
abriu para ela o casulo para facilitar a saída e libertá-la, para que pudesse, enfim, ser borboleta.
para sua tristeza (e da lagarta tb...) ela não coseguiu bater as asas. para se tornar borboleta, aquele esforço sobrenatural e custoso que ela faz, pra sair do casulo, é o que lhe permite tornar-se borboleta; sem ele, ela não tem asas para voar, foge-lhe a liberdade de se tornar borboleta.

assim somos nós também...
beijos!!
:o)

j. disse...

=D
eu sou a com cara d psicopata, fazendo V com os dedinhos.

Mosana disse...

eu tb ouvi essa historia q a suzi contou..
mas adorei sua colocação.. hj em dia considero-me borboleta.. mas sei que ainda falta muuuuuuuito pra eu chegar verdadeiramente lá.. a vida é um eterno aprendizado mermo!
espero q esteja td correndo bem lindona!
bom fds!
beijosssssssssss

Nana disse...

Eh que as metaforas estao espalhadas em cada canto do mundo e mta gente naum percebe :) a da borboleta eh uma delas, eh perfeita. A da girafa eh outra... mas isso explico depois :D
Tomara q esteja vivendo uma otima fase de borboleta :D
Bjs

Anônimo disse...

Eu vejo o tempo passando e cada dia o casulo se aperta mais, não deisto pela certeza que tenho de ainda virar borboleta e alçar voa de encontro a liberdade
linda semana flor
beijosssssssssss

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