Às vezes eu queria ser a dona de uma redoma de vidro gigante, pra colocar todas as pessoas que amo dentro e sentar em cima pra proteger todos eles das intempéries do mundo.
Queria poder mudar tudo de forma que todo mundo que amo não tenha problemas... dedicar meus cuidados a cada um, estar com todos ao mesmo tempo sendo onipresente, oniciente e onipotente - mas, eu sei, isso só Deus pode. Mas eu queria assim mesmo.
Queria poder colocar todos numa casa e ser eu a pessoa a cuidar de tudo - contas, problemas, arrumação, emprego, tudo - de forma que todos os outros (pai, mãe, irmãs, amigos, namorado) não precisem se preocupar com absolutamente nada, porque eu cuidaria de tudo e não permitiria que nada faltasse a nenhum deles. Inclusive carinho, mas isso espero que nunca falte mesmo.
Queria que todos vivessem eternamente, e ser eu a primeira a deixar essa vida. Mas como eu também não quero que nenhum deles sofra, às vezes gostaria de ser a última e ser eu a sentir a dor.
Mas eu sei... não sou Deus, não tenho redoma, nem casa para todos e nem um dia com 1 semana de duração. Não sou onipresente porque a vida não me permite, tento ser oniciente para ao menos dizer "obrigada" ou "tenha fé" naqueles momentos que mais precisam de nós. E onipotente? Nem na minha própria vida consigo mandar plenamente.
Tanta coisa que queria fazer e nunca dá tempo ou nunca posso...
Um dia me convenço de minhas limitações e um dia eu aprendo a não me cobrar tanto. Obrigada, Marcinha, pelo puxão de orelha.
Um comentário:
imagina só qnd tiver filhos!
=D
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