Hoje acordei e me lembrei de um compromisso que pode parecer estranho a algumas pessoas... uma antiga promessa minha: a de ser sempre criança.
Ja escutaram falar que quem não acolhe o reino de Deus como uma criança, não entrará no reino dos céus? Quando escutei isso pela primeira vez, decidí que de alguma forma eu não iria 'crescer'. Sabia que os problemas viriam, que a vida viria, mas que eu não deixaria de viver minha infância.
Quando nós crescemos, conhecemos os problemas do mundo, as dificuldades, a maldade... ou seja, conhecemos o inferno. No entanto, nós temos passe livre para transitar entre esses dois mundos, e é preciso que a gente escolha em qual desses mundos queremos viver. E hoje, quando acordei, me veio em essa promessa que fiz a muito tempo.
Uma criança se diverte com coisas simples, tem certeza e acredita no futuro, se permite "perder tempo", permite se atrasar pra não perder um abraço apertado.
Uma criança ama sem medo de se machucar, entra no mar sem medo das ondas, admira a vida como se fosse uma grande roda gigante.
Uma criança se orgulha do brinquedo novo, do amigo novo, do irmão mais novo, sem jamais esquecer do valor e o afeto do velho.
Por isso tudo, de tempos em tempos eu refaço minha promessa e me lembro de todas elas.
Prometí para mim mesma não perder o senso de humor;
Prometí não perder meu jeito de fazer travessuras;
Prometí nunca deixar de rir de uma piada sem graça;
Prometí sempre pular no colo dos meus pais, por mais que eles reclamem que estou pesada (rs);
Prometí continuar fazendo manha quando acordo;
Prometí não segurar o choro quando ele quiser vir, nem o riso descontrolado quando ele aflorar;
Prometí sempre acreditar nos sonhos - porque eles se tornam realidade sim;
Prometí continuar apertando a orelha do cachorro (que até parece gostar disso);
Prometí continuar olhando a paisagem na janela e imaginar como o mundo é grande;
Prometí jamais segurar um beijo que queira dar em alguém que gosto muito;
E, de tantas promessas e de tantas outras que não coloquei aqui, prometi nunca deixar que passe a inocência da minha infância particular.
As melhores coisas são as espontâneas, e os melhores momentos contém risos, sorrisos ou gargalhadas escalafobéticas. Rir é a melhor coisa do verbo existir. Por isso minhas promessas, e hoje refaço todas elas:
Prometo a mim mesma continuar a ser criança em 2007. Essa criança boba, desajeitada, meio tonta e cheia de defeitos... mas ainda a criança de sempre.
Lindo dia a todos!
Um comentário:
Muito lindo o que você falou!
Eu também quero cumprir a minha promessa de ser criança para sempre.
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