(Bendito seja o blogger por permitir publicação por email. Daí posso publicar aqui do trabalho e ler os comentários em casa. rs...)
Nesses últimos dias tenho refletido bastante sobre uma palavrinha: Desapego.
Desde que meu pai ficou doente, e especialmente agora que ele faleceu, tenho procurado lembrar sempre da transitoriedade da vida, sobre como as coisas são passageiras, sobre como é importante aproveitarmos cada momento.
Em setembro do ano passado, quando ele descobriu que estava doente, eu vi o quão perto de nós mora a morte. Naquele momento, decidí me livrar de absolutamente tudo o que me faz mal.
Me livrei de um emprego que me fazia mal, de amigos que só sugavam minhas energias e cobravam mais do que davam em troca, me afastei de tudo o que me deixava ansiosa - noticiários sanguinolentos, revistas tendenciosas, redefiní o foco da minha carreira para algo menos desgastante. Decidí não ser mais professora. Decidí focar 100% na área empresarial. Mas quero fazer coisas que exercitem minha mente, e não passar minha vida sendo "peão de computador". Isso seria frustrante.
Mas é impressionante como as pessoas se apegam a coisas tão pequenas... vaidades, luxos vazios de significado, raivas por coisas tão bobas. Disputam tudo por qualquer trocado, trocam a saúde por coisas sem sentido nenhum, trabalham como se fossem a única finalidade da vida, e tratam as pessoas não como pessoas, mas como possíveis ferramentas para conseguir o que se quer.
Agora, as perguntas que faço são: "isso vai me fazer bem?" "eu vou estar satisfeita com isso?" "o que isso vai trazer pra minha vida?". Eu descobrí que vale a pena abrir mão das coisas, meu bem estar e felicidade vale mais que qualquer dinheiro no mundo.
Deixei tudo de lado. Deixei muita coisa pra trás.
Quando morrer, quero que escreva-se na lápide:
"Aqui jaz aquela
que fez tudo o que quis,
e tudo o que pôde,
para ser feliz"
3 comentários:
Se por um lado as raízes, a segurança, têm sua importância, por outro lado o desapego é fundamental.
Mas para que se tenha a medida certa de cada coisa é preciso ter sabedoria. Bem fez Salomão em pedi-la a Deus. Podemos copiar a idéia.
Que Deus abençoe você e sua família, diante da perda que sofreram, de alguém do qual, duvido, quisessem se desapegar...
Um beijo e bom retorno!
Nina, você não me conhece mas diante de suas palavras senti vontade de comentar. Espero que não se importe!
Penso que só diante das fragilidades da vida é que percebemos o quantos somos apegados e o quanto valorizamos coisas que não deveríamos valorizar...
Beijo
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