... E cá estou eu, mais uma vez, parada em mais uma esquina.
Adiante, vários caminhos que eu posso seguir, cada um deles me levando a um destino diferente - ou não, pode ser que lá no final alguns deles se encontrem.
É chegada a hora de, mais uma vez, avaliar o que eu quero para minha vida. O que eu tenho como condições sine qua non para viver. O que eu considero qualidade de vida. O que eu tenho como prioridades.
Decisões nunca são simples. De um lado, uma série de qualidades e defeitos. Do outro, idem. É preciso decidir por onde começar a próxima estrada. Um caminho diferente que se tome pode significar mais aborrecimentos e desgastes do que outro que aparentemente é mais simplório, menos ousado.
Então fica o confronto entre a ousadia e a cautela. Ousar no caminho que parece ser menos desgastante mas que pode reservar dificuldades que não foram previstas, seguir um meio termo que não pode vir a ser melhor que nenhum dos dois extremos, ou ser cautelosa na modéstia e garantir um caminho mais longo porém seguro, sem grandes percalços.
Ousar tem seu preço. Ousar pode dar certo... ou pode dar errado. E talvez eu não esteja mais disposta a pagar o preço de uma ousadia agora - justo agora que eu preciso de tranqüilidade.
O que eu estou arriscando - o nosso bem estar, a nossa felicidade - vale muito. E uma decisão em falso agora pode comprometer tudo isso.
E, digamos, conforme o tempo foi passando, eu deixei de ser tão ousada... conforme os trinta vão chegando, vai me chamando a responsabilidade pela cautela extrema - até porque nunca sabemos o que vem pela frente.
Por outro lado, a comodidade prometida pela audácia parece ser muito superior à oferecida pela cautela... mas a "taxa de retorno" cobrada pela primeira é muito alta, a chance de dar errado é bem maior.
Sei lá, fica sempre a dúvida. E dúvidas tiram meu sono.
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