Eu sempre tenho duas opções, em qualquer que seja o momento da vida: ou eu fico calada para ter a chance de em algum momento assistir de camarote a queda dos que hoje me agridem de alguma forma, ou eu simplesmente dou as costas no melhor estilo ‘os incomodados que se mudem’.
Mas aí paro pra pensar: até que ponto a chance de ver a queda de alguns vale eu retardar por um tempo a minha paz? Será que vale a pena? Ou será que eu deveria aprender a me conformar com o que incomoda?
Tantas foram as vezes que eu tive que deixar meu ponto de equilíbrio ou as minhas coisas por simplesmente não concordar com filosofias alheias, com atitudes, com convicções anti-éticas... até quando precisarei viver nessa vida itinerante para tentar reestabelecer minha paz de espírito? Até quando eu precisarei continuar me desprendendo das coisas porque elas passam a ser nocivas ao meu equilíbrio?
Na verdade, minha paz de espírito encontro apenas quando tranco a fechadura da porta da minha casa pelo lado de dentro.
Coisas...
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