Sempre que vejo começar mais uma das milésimas edições do Big Brother com suas pessoas estranhas, seu isolamento de informação (e muitas vezes de moral), me lembro do livro que inspirou o programa: “1984”, de George Orwell (*).
E sempre que eu penso nesse livro penso em como nós - cidadãos comuns habituados com o seu dia-a-dia nem sempre muito interessante - estamos expostos. Especialmente com as ferramentas de hoje em dia – sobretudo com o advento da Internet e do celular – fica ainda mais fácil acompanhar (ou monitorar) a vida das pessoas com as quais você cria algum tipo de vínculo.
Existe um ditado que diz que “só existem no mundo três pessoas: eu, você e alguém que nós conhecemos”. Mesmo em uma metrópole como Rio de Janeiro ou São Paulo, é muito comum você encontrar com algum conhecido quando você sai à rua ou vai a algum lugar novo. E é muito provável que alguma dessas pessoas você vá conhecer algum dia, sem nem saber que já esteve com ela antes.
Então você pára pra pensar “o mundo é mesmo um ovo...”, e então se dá conta no quanto suas atitudes e comportamento em ambientes nos quais você se sente ligeiramente “imune” estão à mostra. Tudo o que você disser ou fizer pode ser observado - e dependendo do que for e de quem for, fotografado, filmado e posto no Youtube com grande facilidade.
É quando paramos para pensar: a mensagem que passamos para os outros é adequada? O que estamos sendo é o que realmente somos? Ou estou sendo alguém que não sou realmente?
Fica a reflexão. Bjs a todos!
(*) - Neste livro, que é uma crítica velada ao regime político totalitário que existia na época em que foi escrito, o Big Brother é um líder militar que controla todo o fluxo de informação e vigia todos os cidadãos através de aparelhos chamados de ‘teletela’. Anyway, é um livro mt interessante.
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