Ontem eu decidí que queria comprar um livro.
Como tenho andado muito cansada mentalmente, queria um romance que contasse uma boa história, que de preferência fosse de um autor nacional, e que fugisse das fórmulas "auto-ajuda, vampiros, guerras ou documentários".
Tarefa quase impossível aliar todas as minhas vontades.
Primeiro porque agora tudo gira em volta de 'trocentos' livros de vampiros seguindo a mesma história (que eu adoro) da Saga Crepúsculo. E acho uma baita falta de imaginação. O resto se resume a Auto-Ajuda e a seguir as fórmulas já gastas do Caçador de Pipas sobre histórias de países distantes culturalmente dos EUA, e sobre guerra: segunda guerra, Rei Arthur, Gengis Khan. Adoro histórias das guerras medievais, mas são leituras mais tensas. Não estava na vibe.
O segundo problema é que eu queria dar prioridade a um autor nacional... mas os bons autores de romance nacional são os mesmos de sempre: Jorge Amado, Fernando Sabino, Rubem Fonseca, Paulo Coelho... queria algo diferente, mudar a narrativa, uma leitura diferente. Mas não encontrei nada. Dos livros nacionais, se vê muito mais documentários e biografias. Alguma auto-ajuda e muitos romances psicografados. Mas quase nada.
Tentei lembrar qual o último bom romance brasileiro eu li, e me lembrei de Budapeste. Depois dele, só autores estrangeiros. Acho que existe uma carência muito grande no Brasil de bons autores de romance. Parece que a maioria prefere textos curtos, contos, documentários ou livros técnicos.
Resumo: fiquei uma hora tentando escolher um livro e acabei comprando um que não era exatamente o que eu queria, mas que é de um autor que gosto e está me atendendo: O dia do Curinga, de Jostein Gaarder.
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