Eu "descobri" recentemente que o mundo masculino se divide em dois tipos: homens que assistem e homens que fazem.
Muitos preferem assistir a vida dos outros (e o que os outros fazem de interessante) a fazer a própria vida mais aprazível, divertida, coloria e/ou sensual. Preferem ficar acomodados confortavelmente em seus lugares no cinema assistindo a um filme de aventura, a fazer da própria vida uma aventura. Preferem ver a diversão e a sensualidade na TV e na grama alheia, enquanto permite que a própria grama fique menos verde, mais seca por falta do que tanto admira na dos demais.
Preferem manter a felicidade à distância, a diversão à distância, a paixão à distância, a alegria à distância. Preferem ver seus amigos relatando suas aventuras e suas noitadas, a ir eles próprios à luta, atrás daquilo que querem. Ficam sentados na porta de casa esperando que tudo caia em seus colos, enquanto ficam sentados com a cerveja em uma mão e o controle remoto em outra. Enquanto isso, assistem na TV o que gostariam de ver para sí: a vitória em um jogo de futebol, uma profissão bem resolvida, um filme mais apimentado, uma vida mais interessante que a sua própria.
E enquanto ele fica prostrado vendo tudo isso passar - seja na tv, na janela de casa ou em sua própria cara - estão perdendo um tempo precioso: o de pegar o carro e viajar sem destino, o de jogar o futebol com os amigos, o de viver uma paixão arrebatadora, o de ir "pra night" junto com os "amigos grama-verde"... enfim, perdem o tempo vendo acontecer e invejando (mesmo que seja aquela "invejinha" inofensiva) ao invés de fazer acontecer.
Pensando bem, se trocarem os objetos de cobiça, talvez isso bem que se encaixe no "mundico" feminino também. Temos desejos e anseios diferentes, mas acredito que devemos agir da mesma forma. Mas fica a pergunta... porque não fazer acontecer?
Porque não ser o ator da própria vida?
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