"Cada qual sabe amar a seu modo; o modo pouco importa; o essencial é que saiba amar." (Machado de Assis)

segunda-feira, dezembro 26

Nossos medos

Um fato... nossos principais medos e receios são frutos das nossas ações (ou da imaginação de nossas ações) inconseqüentes ou impensadas.
Basicamente, tememos o que de alguma forma somos capazes de fazer.
Uma alma descansada e que procura viver de uma forma justa e honesta, confia tanto na sorte quanto na Providência.
Quando caminhamos a passos firmes e seguros, os ventos e os temporais da vida não nos derrubam.
Não sou sortuda ou destemida. Não sou insolente com os 'perigos do mundo'. Sou honesta com a vida e, principalmente, comigo.

quinta-feira, dezembro 22

O que aprendí em 2011

Não, não vou fazer uma retrospectiva de 2011. E não vou colocar metas para 2012. A vida é totalmente imprevisível e flexível, não vou me permitir a crueldade de me comprometer a fazer coisas que daqui a 6 meses podem não ser mais tão importantes assim.

Apenas quero registrar as coisas que aprendi ao longo deste ano – o ano mais difícil e importante da minha vida.

A principal lição que eu levo de 2011 é: me conhecer de verdade, acreditar em quem eu sou, reconhecer meu valor, e não deixar que NINGUÉM queira me convencer de que eu sou algo diferente disso.

Em 2011 meu principal desafio foi provar para mim mesma que sou muito mais do que pensava, e que não mereço nada menos que o melhor.

Tudo o que aprendi ao longo destes 31 anos deixaram marcas em mim, e tanto as coisas boas quanto as coisas ruins me deixaram lições importantes. E todo o meu aprendizado foi testado em um único ano.

Fui desafiada. Passei por testes de resistência física e moral, de integridade, de valores. Tive momentos em que apenas sobrevivi no meio da correnteza. Não conseguia nadar, apenas precisei manter minha cabeça acima da água. Tive outros em que precisei respirar fundo e reunir forças para finalmente voltar a nadar. Em alguns, precisei pegar fôlego porque afundavam minha cabeça, e eu precisava suportar isso. E em outros, precisei provar para Deus que acredito nele, e provar para mim mesma que acredito em mim – e isso foi o mais difícil de tudo

Aprendi a não permitir às pessoas que tentem me convencer de algo que não sou, ou que posso fazer algo que não concordo, ou que posso viver algo em que não acredito. Que posso não ter valores que tenho, que posso minimizar a importância do que eu decido para a vida de outras pessoas, ou que posso ignorar sentimentos que os outros têm. Não, eu não posso fazer isso.

Aprendi também a ser uma boa líder. A apoiar, compreender e defender os interesses de outras pessoas acima dos meus. Acreditem: ter compaixão com funcionários - pessoas que dependem de você e que esperam sempre que você seja um modelo para elas - é um exercício de humildade, porque tudo te chama para a arrogância e para a possessão.

Aprendi a não ser afetada nem por elogios e nem por críticas, e não permitir que eu me subestime ou superestime. Sou o que sou, com todos os meus defeitos e qualidades. E cada um desses defeitos e qualidades compõem a pessoa que a vida me ajudou a me tornar.

Quando você passa a ser bajulado, o ego quer crescer e quer entrar em confronto com a sua ética e seus valores. Quer te passar a sensação de que você pode tudo, e que tudo o mais não tem importância. Que os fins justificam os meios. Uma vez me disseram “o poder isola”. Na verdade ele não isola, ele faz você se isolar voluntariamente, sem você necessariamente querer isso. Acredite: você NÃO pode tudo.

Aprendi também a mentir. É feio, mas necessário. Quando a sua verdade ou a verdade de alguém pode fazer você se corromper ou servir de arma para pessoas anti-éticas contra você, a mentira é um escudo reforçado, banhado em titânio. Ela te protege da arrogância alheia e da sua própria. E te protege dos vícios da personalidade humana. E, em alguns casos, tira você do foco, você deixa de ser um objeto de inveja.

Aprendi a não julgar e ganhei amigos sinceros com isso. Quando todas as pessoas ao seu redor rotulam alguém e você segue o rótulo, pode estar perdendo um amigo, um aliado, um professor. E este professor poderia ser a pessoa quem te ajudará a compreender as coisas que aconteceram. E poderia ser um grande amigo, que você não deu chance de ele ser.

Aprendi com um desses professores que ganhei que “devemos escolher as batalhas que vamos entrar se quisermos ganhar a guerra”. Simplesmente não podemos lutar em todas as frentes que se abrem para nós. Se escolhermos a batalha, a chance de ganhar é muito maior do que dividir nossos esforços em muitas frentes.

Nunca vou esquecer de 2011. Um ano em que terminei muito diferente do que comecei.
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