"Cada qual sabe amar a seu modo; o modo pouco importa; o essencial é que saiba amar." (Machado de Assis)

sexta-feira, setembro 9

Futuro

Eu descobri a alguns dias o porquê de Deus não permitir que a gente saiba o nosso futuro. Não é bem uma descoberta, mas sabe aqueles estalos que você tem de repente?

É simples: é que, às vezes, ele pode ser surpreendente e/ou aterrorizante.

Eu ficaria mais covarde de saber de todos os desafios que passaria, ou mais corajosa de saber que eu venceria a todos eles.

Ficaria desesperada de saber que deixaria minha religião, a qual tinha como a mais perfeita e a verdade absoluta, mas ficaria aliviada de saber que descobriria assim quem realmente sou e que Deus não está na igreja, está em mim.

Choraria por saber das dores que viria a sentir por amor, das tristezas que passaria. Mas sorriria por saber que isso me preparou para momentos muito bons, e quem sabe, para coisas que são tão boas que não acreditaria que existem.

Eu talvez fosse mais reservada por conta das pessoas em que confiei e trairam minha confiança, aquelas que chamei de amigas mas que jamais o foram... mas, por outro lado, talvez fosse mais franca com aqueles que poderia ter ajudado com um simples dizer: "cuidado". E teria aprendido antes a confiar não nas palavras, mas no olhar.

Eu seria menos tensa com aqueles pequenos problemas do dia-a-dia, com aquelas coisas que aborrecem mas que conseguiram exterminar com o meu dia... mas daria mais importância aos pequenos momentos, e teria começado antes a olhar bem no fundo dos olhos.

Por isso Deus não permite que saibamos do dia de amanhã. Porque faríamos tudo diferente, e - talvez - ficaria tudo igual.

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