"Cada qual sabe amar a seu modo; o modo pouco importa; o essencial é que saiba amar." (Machado de Assis)

quinta-feira, julho 10

A materialidade da vida

Vivemos em um mundo materialista, e isso não é novidade para ninguém.

Um mundo em que resume-se demais, presume-se demais, exige-se demais.

Estamos vivendo em tempos em que temos problemas de escassez de alimentos se contrapondo à obesidade mórbida em países ricos; em pessoas que gastam em um dia o que um outro leva anos para conseguir e só por isso se acha mais importante que ele; em que "amores eternos" variam conforme o que pode dar em troca do prazer; em que mães jogam seus filhos da janela porque não toleram o choro do bebê; em que vidas se vão a troco de nada...

Estamos materializando e racionalizando os sentimentos a um ponto tal que estes sentimentos já deixam de ser o mais importante.

Para ser amigo, não basta ir para a 'balada' junto. Precisa ser companheiro. Precisa rir e chorar junto, estar ao lado quando se precisa, ou dar um puxão de orelha quando você fizer besteira.

Para ser pai e mãe, não basta apoiar financeiramente ou dar uma pizza para compensar a ausência. É preciso apoiar moralmente. É preciso acompanhar a rotina, se interessar pelos problemas e alegrias dos filhos, comprar a briga dele.

Para ser filho, não basta abaixar a cabeça e obedecer. É preciso dar carinho, contrapor opiniões, sonhar junto, compartilhar sua vida, pedir opinião, ajudar aos pais a crescerem juntos com ele.

Para provar amar alguém, não basta dar presentes de preços exorbitantes, luxo, hotéis e carros caros. Nem aliança com diamantes, ou promessas infindáveis jamais cumpridas. Tem que dar atenção, carinho, ou um simples abraço - isso sim, sem preço.

Não é que falte Deus no coração apenas... falta humanidade, vulnerabilidade, sentimento.

Não deixemos a humanidade de lado.
Não deixemos os sentimentos de lado.
Não deixemos a vida de lado.

Lindo dia a todos!

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