"Cada qual sabe amar a seu modo; o modo pouco importa; o essencial é que saiba amar." (Machado de Assis)

segunda-feira, abril 18

Confronto interior

Existem determinadas épocas de sua vida em que você precisa se confrontar com alguma característica sua ou com algum medo seu. Algo que é seu e que te incomoda, ou um medo gigante que você tem que enfrentar para se libertar dele.

Nessas épocas, tudo o que passa na sua cabeça o tempo inteiro, que fica te rondando, é o confronto.

Existem duas opções, encarar ou fugir e adiar o combate.

Se você encara, você fica inseguro, fica isolado, fica com medo do final. Tudo é questionado. Tudo leva àquele assunto, tudo te transtorna. O humor fica instável. Você tem vontade de parar o tempo e resolver tudo o que tá pendente, pra depois continuar a caminhar.

Mas o tempo não pára. A vida não pára. Você não pode parar.

Então, você prossegue, na corda bamba, até chegar ao outro lado, até chegar ao final.

Dois são os finais prováveis: você vence, e aquilo passa a ser uma etapa morta na sua vida, um karma queimado, uma prova ultrapassada e nunca mais vai te incomodar, ou você perde e promete (obrigado, mas promete) que a revanche virá. Você entregou os pontos, e o combate terá que recomeçar numa próxima vez.

Mas o tempo é rápido porém paciente.

A outra opção é adiar o combate sem tentat o confronto, caso você ainda não esteja pronto. Mas a hora vai chegar um dia, e quanto mais adiado, maior o incômodo do combate. Mas, com certeza, um dia você vai ter que se deparar de frente com a face do seu inimigo.

A grosso modo, é aquela pessoa que morre de medo de barata mas está com uma bem adiante e está sozinha em casa. Ela pode enfrentar o medo e matar a barata, pode enfrentar o medo e depois sair correndo porque a coragem não foi suficiente e ela voou, ou simplesmente sair correndo e chamar alguém. Mas a barata vai ter andado, e você não vai saber onde ela está.

E assim a vida segue, porque assim gira a roda dos dias, assim é a vida. Esse é o caminho.

Em tempo: eu estou de frente com o meu inimigo, e ele é bem mais sério que uma barata, porém não é absurdo e nem tão difícil como parecia antes de eu enfrentá-lo. Mas é algo que sempre me pôs medo e me tirou a coragem de caminhar.

E estou vencendo. :)

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